História dos PEQUENOS HERÓIS que passaram por tratamento no Hospital Regional do Câncer

Em homenagem ao Dia das Crianças, 12 de outubro, trazemos a história de meninos e meninas que passam por tratamento no Hospital Regional do Câncer de Passos/MG e que lutam com determinação e otimismo para vencer esta doença.

Kayque Jerônimo Carmo Marques,10, é um menino inteligente e esperto, que estuda na Escola Municipal Horácio Pereira Damásio em Alpinópolis, gosta de brincar de futebol e é apaixonado por carros, em especial pelo Opala. Filho de Maria da Penha Carmo e José Benedito Marques, ele é o caçula de cinco irmãos. Aos sete anos, ele foi diagnosticado com linfoma de Burkitt, depois de apresentar um caroço no pescoço. Kayque também passou pela quimioterapia, mas hoje está fazendo apenas o acompanhamento para controle. Marli, que é taxista, carrega em seu carro um álbum de fotografias com imagens de Kayque durante o tratamento. Toda vez que algum passageiro se mostra desanimado com a vida, ela mostra as fotos e conta a história que vivenciou com o fi - lho. “A gente sempre encontra alguém descrente, a maioria das vezes com algo muito pequeno. Então eu dou meu testemunho e faço questão de ressaltar o quanto Deus foi importante para nós neste processo”. Ao ser perguntado sobre qual profissão quer seguir quando adulto, Kayque mostra a gratidão que sente pelo cuidado que recebeu no Hospital Regional do Câncer. “Eu quero ser médico para ajudar as pessoas a serem curadas como um dia eu fui ajudado”.

A pequena Vitória Maria de Paula Barbosa,7, é uma criança amorosa e dedicada, que trata com muito carinho os pais, Rosana Penha de Paula Barbosa e Tarcísio Barbosa, e os irmãos João Inácio (4 meses) e Gabriel (15 anos) . Ela estuda na Escola Municipal Francina de Andrade, onde adora as aulas de Artes e gosta de brincar com as amiguinhas Paulina, Lavínia, Laura e Geovana. Quando crescer quer ser estilista e seu talento já pode ser visto nos desenhos das roupinhas que ela faz para suas bonecas. Vitória gosta muito de brincar de Barbie e Monster High e curte os desenhos do canal Boomerang. No final de 2012, Vitória começou a fazer o tratamento contra um tumor no olho direito. “Na época, foi muito difícil para nós porque foi totalmente inesperado. Levei-a ao oftalmologista para uma consulta de rotina e lá ficou detectado que ela já não enxergava deste olho”, conta a mãe de Vitória. Rosana ressalta a coragem da pequena Vitória à época em que teve de se submeter a cirurgia para a retirada do globo ocular, quando colocou a prótese e reagiu muito bem ao tratamento. Hoje ela faz a manutenção do tratamento e vai ao Hospital Regional do Câncer de quatro em quatro meses. “Nunca senti que ela desanimou. Só em Deus que conseguimos a força para enfrentar este momento e no apoio de muitas pessoas, inclusive algumas que nem conhecíamos”.

Quem vê o pequeno Luiz Felipe Dias do Nascimento,10, esbanjando disposição e saúde não imagina o que o garoto enfrentou quando tinha 5 anos e foi diagnosticado com Leucemia Linfóide Aguda (LLA). Luiz Felipe, que hoje estuda na Escola Municipal Emília Leal e está na quarta série, teve que ficar dois anos sem frequentar a escola devido à doença. O menino inteligente e esperto, que gosta de Matemática e adora o desenho do Tom e Jerry, conta que nunca se sentiu triste por ter de enfrentar o tratamento contra o câncer. Filho de Joelma Cristina Dias e Rodrigo Nascimento, ele é irmão de César Augusto, 6, e aguarda a vinda de mais um irmãozinho ou irmãzinha. A mãe do garoto relembra que a doença foi diagnosticada após o filho apresentar constantes infecções na garganta e emagrecimento. Na época, a família morava em São Sebastião do Paraíso e conseguiu o encaminhamento para que Luiz fosse tratado no Hospital Regional do Câncer. “O Luiz teve uma parada cardíaca quando estávamos saindo de São Sebastião do Paraíso para trazê-lo à Passos. A equipe fez uma massagem e ele foi voltando, mas pouco tempo depois teve outra parada. Cheguei a pensar que ele tivesse morrido. Em meu pensamento, eu orava: Jesus, eu fiz tratamento dois anos para ter este filho, não tire ele de mim”, conta a mãe, emocionada. Após a transfusão pela qual o garoto foi submetido, o pequeno Luiz Felipe ficou um mês internado, passou por diversas sessões de quimioterapia durante dois anos e sete meses e hoje, já recuperado, faz o acompanhamento para controle. “Todas as crianças que passam por este processo são mais do que guerreiras, mais do que vencedoras. Considero a recuperação do Luiz um verdadeiro milagre”, avalia Joelma.

Katiane Cristina Morais, 6, é uma menina esperta e muito meiga, que gosta de brincar de Barbie, de pique-pega e de assistir o desenho da Peppa. Ela estuda na Escola Municipal Dr. Melo Viana em Nova Resende, está na 1ª série e adora as aulas de Matemática. Filha de Marli Rodrigues de Oliveira Morais e Márcio Alves Morais e irmã de Ana Paula,15, Katiane enfrentou aos quatro anos e meio a batalha contra a Leucemia Linfóide Aguda (LLA). A família procurou auxílio médico após a menina apresentar um quadro febril que não cessava. Após procurar ajuda com diversos médicos, ela foi encaminhada para o Hospital Regional do Câncer, onde a doença foi diagnosticada. Depois de quatro meses e meio da quimioterapia, Katiane perdeu todo o cabelo e deu uma lição de otimismo a toda família. “O pai dela falava que não gostaria de nem estar perto no momento em que a Katiane perdesse os cabelos. Mas um dia, ela mesma pediu ao pai para cortar o cabelo dela e ele não negou. Depois que o Márcio ajudou a cortar o pouco cabelo que restava, a Katiane se olhou no espelho e disse: Mamãe, o cabelo é o que menos importa. Eu continuo linda do mesmo jeito”, conta Marli. A menina, que ainda está fazendo o tratamento quimioterápico, já recuperou os cabelos e falou que nunca se sentiu triste por tudo que passou. “Mesmo passando toda a dificuldade que passamos, sinto forte a presença de Deus em nossa família”, acrescenta a mãe da menina.

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